Cadillac aposta em cautela para estreia na F1 e evita riscos com novo carro
- norton silva
- 1 de abr.
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A Cadillac está adotando uma abordagem cautelosa para cumprir os prazos de desenvolvimento do carro que marcará sua estreia na Fórmula 1 em 2026. O time 11º do grid, apoiado pela General Motors, teve sua entrada confirmada na categoria no mês passado, mas já trabalha há algum tempo na construção do projeto. A equipe conta com a experiência de profissionais renomados do automobilismo, entre eles Pat Symonds, consultor de engenharia e ex-diretor técnico da F1.
Com passagens por equipes como Benetton e Renault, onde ajudou a construir carros vencedores, Symonds destacou a importância de adotar uma abordagem mais conservadora no processo de desenvolvimento. “Quando você já tem tudo estabelecido, tenta deixar tudo para a última hora para extrair o máximo desempenho do carro. Mas não acho que essa seja a decisão correta para nós neste momento”, afirmou Symonds em entrevista à Reuters.
O engenheiro citou como exemplo a Williams, que enfrentou sérios problemas em 2019 ao perder dois dias e meio de testes devido a atrasos na produção de peças. Segundo ele, a Cadillac precisa garantir que estará pronta desde o primeiro teste em Barcelona.
Além do desafio técnico, a nova equipe também lida com questões estruturais e logísticas.
“Criar processos do zero é uma tarefa complexa. Por exemplo, outras equipes podem reduzir peso em componentes específicos com base em dados anteriores. Nós não temos essa referência inicial”, explicou Symonds. Outro fator que impacta a preparação da equipe é a contratação de profissionais, já que muitos engenheiros estão sujeitos a períodos de aviso prévio e afastamento forçado antes de poderem ingressar na nova equipe.
O primeiro carro da Cadillac será produzido nos Estados Unidos, na nova base da equipe em Fishers, Indiana. No entanto, a fabricação de peças foi terceirizada para fornecedores no Reino Unido, onde a equipe de design permanecerá.
“Estamos muito próximos de um hub da DHL em Indianápolis, o que nos permite enviar peças para o Reino Unido ou qualquer outro lugar do mundo com facilidade”, destacou Symonds, que vê até mesmo uma vantagem estratégica nesse modelo de operação, considerando que o calendário da Fórmula 1 conta com três corridas nos Estados Unidos. https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/automobilismo/cadillac-aposta-em-cautela-para-estreia-na-f1-e-evita-riscos-com-novo-carro/

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